quinta-feira, 29 de março de 2018

Violência inadmissível ou farsa?

[Mensagem divulgada no Fórum de Leitores do portal do Estadão em 31/Mar/2018]
O editorial “Violência inadmissível” (29 de março, A3) apresenta uma análise inquestionável e quase completa sobre o lamentável episódio ocorrido em Curitiba, envolvendo a comitiva de um cidadão condenado a 12 anos de prisão, em segunda instância, por colegiado de juízes, sem possibilidade de revisão do mérito do crime e/ou da sentença.
Gostaria de acrescentar que uma investigação isenta não pode deixar de considerar a hipótese de que o deplorável evento pode ter sido perpetrado por correligionários do cidadão condenado. Senão vejamos: (i) o possível auto-atentado foi previsto em matérias jornalísticas em janeiro do corrente ano; (ii) as fotos do ônibus amplamente divulgadas mostram que a forma da perfuração jamais pode corresponder à narrativa construída e abraçada pelos formadores de opinião e por políticos, ou seja, que o ônibus fora atingido em movimento.

Supondo que a hipótese ora aventada venha a se confirmar, as ideias fulcrais que o texto do Estadão veiculou continuariam válidas, exceto pelo fato de que a razão de um lado não dependeria de “contorcionismo retórico” e os interesses desconectados da decência e da ética se diluiriam na rede sanitária. E o melhor: a verdade praticada em liberdade prevalece e a democracia triunfa; para gáudio da grande maioria que aspira harmonia e solidariedade nas interações humanas.

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